É uma organização Juvenil do MPLA, que visa a preparação,desenvolimento e aperfeiçoamento dos jovens membros do partido.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Aproxima-se,o 4 de Fevereiro


No dia 4 de Fevereiro de 2011,completa-se 50 anos desde que se deu o maior levantamento popular, organizado contra o colonialismo português, para reivindicar a independência de Angola, e, por conseguinte, vários outros ganhos como trabalho dignificante e vida condigna para os angolanos.

Na madrugada de 4 de Fevereiro de 1961, um grupo de mulheres e homens, munidos de paus, catanas e outras armas brancas, atacaram a casa de reclusão e a cadeia de São Paulo para libertarem presos políticos, ameaçados de morte.

O regime colonial fascista reagiu brutalmente e respondeu com uma acção de repressão em todo o país, com assassinatos, torturas e detenções arbitrárias.

Essas prisões arbitrárias desencadeadas pela PIDE contra os integrantes do "processo 50", os massacres da Baixa de Cassanje, Icolo e Bengo e detenção e assassinato de várias pessoas indefesas, levou alguns nacionalistas a organizarem-se para a luta de libertação.

Os preparativos da acção tiveram início em 1958, em Luanda, com a criação de dois grupos clandestinos, um abrangendo os subúrbios e outro a zona urbana, comandados por Paiva Domingos da Silva e Raul Agostinho Deão.

A construção de um Estado unido, sem distinção de raças ou credo religioso foram outros dos objectivos perseguidos pelos heróis do 4 de Fevereiro.

A acção inseriu-se também nos anseios da população e na necessidade de se passar a formas de luta que corresponde-se à rigidez da administração colonial. Para tal valeu a colaboração do cónego Manuel das Neves e outros combatentes.

O papel do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) na preparação e organização da "acção directa" já constava do anúncio feito pelo seu Comité Director na conferência de Londres de Dezembro de 1960.

O 4 de Fevereiro de 1961 pode ser ainda considerado como um marco importante da luta africana contra o colonialismo, numa tradição de resistência contra a ocupação que vinha desde os povos de Kassanje, do Ndongo e do Planalto Central.

Os primeiros relatos de realce de resistência à ocupação colonial datam dos séculos XVI e XVII (1559-1600 e 1625-1656), conduzidos por Ngola Kiluanji e Nzinga Mbandi, esta soberana do Ndongo.

De lá para cá, a resistência anti-colonial vivida nos movimentos de libertação e outros grupos de acção clandestina, passam a ter alcance de reivindicações internacionalmente reconhecidas, conducentes, por exemplo, aos processos das independências das colónias africanas.

Os acontecimentos de Fevereiro de 1961 traduziram-se assim numa sublime expressão de nacionalismo, demonstrada pelos angolanos.

1 comentário:

  1. Secretariado do Comité da JMPLA em Portugal, sauda vivamente o 4 de Fevereiro, inicio da luta armada do Povo Angolano. Saudamos tambem com grande rigozijo a crianção mais um blog das nossas estruturas de Base, que vão ajudar o nosso partido a esclarecer e a mobilizar jovens angolanos residentes em Portugal e não só. Parabens a direcção coordenada pelo nosso camarada Malamba.
    Viva o MPLA;
    Viva o 4 de fevereiro;
    JMPLA oyyyéeeee.
    Rui Sousa Machado "jinvunda"
    1º Secretario

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